Ao completar bodas de prata, Troféu Transparência – Prêmio ANEFAC.FIPECAFI -assume liderança na rota pela evolução da transparência nas empresas brasileiras
A nova realidade do mundo empresarial envolve, cada vez mais, um ambiente de negócios ético, socialmente responsável e sustentável. Em evidência, os fatores ESG (Environmental, Social and Governance) tem trazido a transparência e a sustentabilidade como necessidades para que as empresas se fortaleçam no mercado de hoje, de amanhã e do futuro.“Vivemos em um mundo de constantes transformações, estamos na era da pós-modernidade, que, como defendia o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, exige maior flexibilidade e rápidas adaptações. Como as novas realidades com a pandemia de Covid-19 e as rápidas adaptações que tivemos que fazer para manter as empresas em funcionamento, os relacionamentos pessoais ativos e nós mesmos em nossas atividades”, explica Marta Pelucio, presidente nacional da ANEFAC.
Nesse processo mundial de transformação, algo que tem se destacado, para Pelucio, é a importância que se tem direcionado aos temas sociais, ambientais e de governança corporativa. “A sociedade tem exigido cada vez mais a prestação de contas transparentes por parte dos governos, das empresas e de cada um de nós que vivemos nesse planeta. Com isso, o mundo se transforma e a transparência se intensifica”, diz.
É verdade que a transparência empresarial está nos holofotes da sociedade já há algum tempo, mas sempre restrita a algumas empresas. Agora, o cenário é completamente diferente, o peso da transparência deixou de ser apenas um atributo desejável para se tornar condição essencial para todos os modelos de negócio. O rol das exigências do mercado vai muito além das palavras, mas na construção de uma história sólida baseada em transparência. Atrelada a reputação, a falta dela se tornou uma ferramenta de seleção natural daquelas que existirão no futuro e uma das principais ameaças à credibilidade e, consequentemente, à sustentabilidade do negócio.
Segundo Pelucio, esse ano é muito especial para a ANEFAC, pois o Troféu Transparência – Prêmio ANEFAC.FIPECAFI – completa seus 25 anos. Para isso, preparam uma intensa agenda para relembrar importantes momentos desses 25 anos, solidificando a importância de premiar aquelas empresas que são exemplos de prestação de contas transparentes à sociedade.
A agenda não é somente de lembranças, conta Pelucio, mas também para focar no futuro. Na constante busca de geração de informações úteis e relevantes ao mercado é preciso se reinventar sempre, estar atento ao que os usuários das informações contábeis necessitam em seus processos de tomada de decisões. “Aprendemos com o passado, mas vivemos o presente e nos preparamos para um futuro cada vez mais transparente”, diz.
O Prêmio é um estímulo para todas as empresas continuarem se aperfeiçoando. É preciso prestar contas à sociedade, mais do que uma questão técnica, a transparência representa um compromisso, uma prática, um processo contínuo, que deve estar sempre convergente com as mudanças do ambiente de negócios e da sociedade, pois sempre teremos oportunidades de melhoria e aprimoramento.
As necessidades informacionais dos usuários das DFs se modificam e variam de acordo com seus interesses e perfis. “O grande desafio para o processo de geração daquelas úteis e relevantes, leva em consideração o que o usuário necessita. Quando falamos das geradas aos externos, estamos falando das padronizadas e, que, portanto, devem se normatizadas e devidamente reguladas. Nesses 25 anos muita coisa se alterou com a adoção das normas internacionais de contabilidade (IFRS) em mais de 180 países”, pondera Pelucio.
Ela destaca, ainda, que a melhoria na transparência e na qualidade da informação ocorre porque esse processo normativo internacional das IFRS, bem como o brasileiro, por meio do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) é efetuado ouvindo os usuários. “Convergimos a elas e participamos desse processo de forma mais ativa. Quanto maior for o envolvimento de diferentes usuários nas discussões públicas que envolvem o processo normativo, tanto das normas brasileiras quanto das internacionais, maior será a qualidade da informação contábil. Embora hoje esse processo seja muito melhor do que era há 25 anos atrás, ainda temos muito que melhorar e desenvolver, de uma forma geral, essa participação ainda é muito baixa”, adverte.
Para que os usuários da informação contábil (credores, investidores, entre outros) possam tomar decisões acertadas sobre seu relacionamento com as entidades, quer seja, emprestando recursos ou investindo seus recursos em ações dessas entidades, eles precisam entender a situação financeira dessas entidades e como é o seu desempenho.
“Para que tomem decisões acertadas, devem receber informações que sejam úteis e relevantes para o seu processo de tomada de decisões. Essas informações são geradas principalmente por meio das demonstrações financeiras. Dessa forma, quanto mais útil e relevante for a informação, maior será o nível de transparência das demonstrações financeiras. Se destacam aquelas empresas que apresentam o maior nível de qualidade da informação contábil e, portanto, melhor nível de transparência sobre sua situação financeira e de desempenho”, ressalta Pelucio.
A ANEFAC está sempre preocupada com a evolução da transparência, Pelucio cita, que a entidade tem participado ativamente desse processo normativo e espera continuar contribuindo sempre. “Temos comitês que discutem e participam ativamente durante todo o ano e por isso, para nós, é um prazer premiar aquelas empresas que se destacam em transparência. Tivemos uma grande evolução nesses 25 anos, mas acredito que dos próximos 25 anos será ainda mais intensa e poderemos comemorar 50 anos do Troféu Transparência com um nível muito melhor do que temos em 2021”, analisa.
Com isso, o Troféu Transparência – Prêmio ANEFAC.FIPECAFI -, que chega a sua 25ª edição em 2021, se torna ainda mais necessário para destacar aquelas empresas que são transparentes em suas demonstrações financeiras. A transparência é um pilar da boa governança.
Conheça as companhias ganhadoras do Troféu Transparência 2021:
Categoria – companhias com receita líquida acima de R$ 8 bilhões
- Cemig, EDP, Eletrobras, Embraer, Engie, Magazine Luiza, Neoenergia, Petrobras, Sabesp e Vivo.
Categoria – companhias com receita líquida até R$ 8 bilhões
- Arezzo, Duratex, Empresas Randon, Eneva, Fleury, Grupo Vamos, Irani, MAHLE, M.Dias Branco, Profarma Distribuição, Riachuelo, Rio Paranapanema, Sanepar, Tekno Kroma e TOTVS.
Não há inscrições para o Troféu Transparência
O Troféu Transparência busca um ambiente de negócios mais justo, ético e sustentável. Para se construir um legado, ética e transparência são fundamentais. Conhecido como o “Oscar da Contabilidade”, é uma iniciativa da ANEFAC com análise técnica da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI).
Para concorrer ao Prêmio não há inscrição. A regra é seguir as melhores práticas contábeis, num esforço para apresentar o conjunto de informações mais objetivas para o mercado. Para conhecer o regulamento e obter mais informações sobre o Prêmio acesse www.anefac.org/regulamento2021 .
A cerimônia de premiação acontecerá em 23 de novembro de 2021. O evento será em formato híbrido – com participação presencial e remota das ganhadoras, além de transmissão ao vivo em canal fechado, para convidados.
Única premiação da categoria no Brasil. As ganhadoras do Troféu Transparência são selecionadas após análise, de mais de duas mil demonstrações financeiras, realizada pelos alunos dos cursos de mestrado e doutorado da FEA/USP/FIPECAFI. São inúmeras as análises técnicas para a escolha das empresas mais transparentes do Brasil. A premiação é dividida em duas categorias: companhias com receita líquida acima de R$ 8 bilhões e com receita líquida até R$ 8 bilhões.
Entre os critérios para chegar às ganhadoras estão: a qualidade e o grau das informações contidas nas demonstrações e notas explicativas, a transparência das informações prestadas, a qualidade e consistência do relatório de administração e a aderência aos princípios contábeis, no exercício de 2020.